18.02.06
Camponeses lutam pelo direito à terra no Paraguai
Pobreza no Paraguai alcança 32% da população. Na zona rural vivem 44,2% da população pobre e, nos últimos 10 anos, a pobreza extrema tem crescido.
O Paraguai conseguiu recuperar sua democracia há pouco mais de 15 anos, mas isto não significa que tenha havido melhora na vida dos camponeses. Muito pelo contrário. Os conflitos pela terra tem se agravado. São milhares os camponeses que anualmente abandonam as zonas rurais e se refugiam nos bairros pobres das grandes cidades.
Falar sobre a situação dos camponeses paraguaios, suas lutas e seu trabalho nas igrejas foi o trabalho do Comitê de Igrejas Para Ajudas de Emergência (CIPAE), orgão ecumênico paraguaio, criado em 1976, que luta em prol dos Direitos Humanos e está presente no Mutirão.
O objetivo principal foi tornar conhecida a forma como os pequenos produtores rurais, os moradores urbanos sem teto e os camponeses fazem frente à crescente marginalização e à pobreza de seus integrantes.
Expulsos de suas propriedades devido ao avanço das corporações agroindustriais, por força ou coação, muitas vezes são obrigados a migrar para as cidades. Com isso, "o índice de pobreza aumenta a cada dia no País e já alcança 32% da população", afirma Ramón Jiménez, técnico social que trabalha no programa do CIPAE. "Na zona rural vivem 44,2% da população pobre e, nos últimos 10 anos, a pobreza extrema tem crescido".
Jiménez disse, ainda, que a crise no Paraguai provocou a morte de cerca de 100 camponeses na luta por suas reivindicações e pelo direito à terra na última década.
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