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23.02.05

Igrejas devem intervir por paz e justiça

 

 

Por Caroline Strüssmann (*)

 

Para fotos gratuitas, consulte abaixo.

 

Em entrevista no final da reunião do comitê central da CM realizada de 15 a 22 de fevereiro em Genebra, a pastora Cibele Kuss, da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil, que atua na cidade de Belém, No Brasil, falou dos desafios do CMI e das igrejas e da realização da nona Assembléa.

 

<span style="font-weight: bold; font-style: italic; "» Qual a expectativa em relação a atuação das igrejas diante dos conflitos da sociedade?

 

A igreja deve estar ao lado dos mais fracos, cobrando o fim dos conflitos. Quando as igrejas, em sua realidade local, se omitem, o processo de injustiça e impunidade é acelerado.

 

Também precisamos ajudar muito mais nas relações, para aproximar, reconciliar, para ajudar as pessoas a se entenderem melhor.

 

Em Belém por exemplo, temos um trabalho com a cultura regional e identidade indígena e negra, a trabalhamos com os jovens colocando o corpo como centro de nosso pensamento, através da dança, da música. Com este tipo de trabalho temos muito mais conflito, mais dificuldades, há maior demanda de acompanhamento, porque acabam revelando-se muitas coisas. Mas também abrimos espaço o trabalho para diversas questões como diversidade sexual, violência e aproximamos as pessoas.

 

 

<span style="font-weight: bold; font-style: italic; "» Como o CMI pode auxíliar as igrejas membro nesta tarefa?

 

O trabalho do CMI, de preparar documentos e fazer intervenções oficiais dirigidas aos governos e outras organizações em diferentes assuntos, têm uma força muito grande.

 

Não devemos ter medo de que o que estamos fazendo não terá efeito. Precisamos atuar, independente do resultado, e fazer as intervenções necessárias nesta luta por paz e justiça. Isso é fundamental.

 

O silêncio nos compromete - muito mais do que uma eventual intervenção que mais tarde possa ser negativamente avaliada.

 

 

<span style="font-weight: bold; font-style: italic; "» Diante desta demanda, qual o desafio do CMI?

 

A discussão sobre cura traz o desafio do CMI, que é diaconal: como garantir, através de programas e atividades que este "coração", a diaconia, continue sempre batendo como um elemento de cura holística, central nos programas.

 

Há um grande receio de que o CMI seja considerado apenas um organismo de ajuda humanitária. Mas não podemos ser um Conselho que não tem atuação e talvez o grande desafio seja combinar diaconia e espitualidade.

 

<span style="font-weight: bold; font-style: italic; "» Quais as expectativas acerca da nona Assembléia do CMI, a partir a perspectiva brasileira e latino americana?

 

A expectativa é muito grande e começa pelo tema. "Deus, em tua graça, transforma o mundo" que deve nos ajudar a perceber as necessidades de transformação que temos hoje, buscando desdobramentos práticos e traçando a realidade do movimento ecumênico.

 

Queremos compartilhar a experiência latino-americana na leitura popular da Bíblia e no envolvimento das igrejas com direitos humanos e outras áreas.

 

Também a Assembléia será uma oportunidade de mostrar a verdadeira imagem da América Latina, apresentando nossa identidade, que nos faz ter esperança, acreditar.

 

No Brasil, onde ainda há muita intolerância religiosa a contribuição da Assembléia será enorme, pois poderemos experimentar outra formas de comunhão e aprender com elas, deixando um saldo muito positivo. [485 palavras]

 

(*)Caroline Strüssmann jornalista e assessora de comunicação da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB).

 

Mais informações sobre a reunião do comitê central do CMI e fotos gratuitas de alta resolução e estão disponíveis em:

www.oikoumene.org > Central Committee > Por