14.02.06
Reunião fortalece voz de mulheres na Assembléia
Mais artigos e fotos gratuitas em
www.wcc-assembly.info
Cerca de 350 mulheres de todas as partes do mundo estão se reunindo no Salão de Atos da PUCRS, com o objetivo de preparar para a 9a Assembléia do Conselho Mundial de Igrejas - CMI - de 14 a 23 de Fevereiro. No penúltimo dia do encontro feminino, elas se dividiram em "grupos de irmãs", para relatar umas às outras seus problemas e suas expectativas de futuro; essas experiências serão levadas à Assembléia, como contribuição para a discussão de políticas para o bem-estar das mulheres.
Aruna Gnanadason (India), coordenadora do Programa de Mulheres e da equipe de Justiça e Paz e Integridade da Criação, do CMI, acredita na contribuição dessas reuniões pré-Assembléia, já que através delas as mulheres chegarão melhor preparadas para se fazerem ouvir nas reuniões oficiais.
Christina Winnischofer, secretária-geral da Igreja Episcopal Anglicana do Brasil, acredita que, por estarem em menor número na Assembléia, é mais difícil para as mulheres serem ouvidas; por isso, acha que as reuniões preparatórias são uma oportunidade para que a questão feminina chegue de forma mais clara e precisa à Assembléia. Christina ressalta que a reunião dá às mulheres condições de criar vínculos entre si, ao partilhar seus problemas e esperanças.
Perfecta Stokes, das Filipinas, membro do Comitê de Evangelismo da Catedral Nacional, pensa que esta Assembléia, ao destacar a participação feminina, garante à mulher o direito a uma participação plena, o que vai se refletir também nas suas chances de liderança.
O segundo dia da reunião das mulheres teve estudos bíblicos, momentos específicos de preparação, exibição do filme "Contando nossas histórias", sobre a visão ecumênica de cinco mulheres de diferentes partes do mundo, e o lançamento do livro "A Graça do Mundo Transforma Deus", uma paródia ao tema da Assembléia (Deus, em Tua Graça, Transforma o Mundo), escrito em Português e Inglês, com o qual os editores, Nancy Cardoso, Edla Eggert e André Musskopf, falam da necessidade de transformar um Deus que justifica injustiça social, violência entre irmãos/irmãs e fome, entre outras coisas.
Mulheres da Europa, Estados Unidos, Canadá, India, Grécia, diversos países da África, Japão, China, Filipinas, muitas com seus belíssimos e coloridos trajes típicos e seus penteados elegantes, formavam um espetáculo à parte e provocavam enternecimento pela convicção de que, na sua grande diversidade, são todas irmãs. A maioria usava ramos de flores na cabeça. As flores foram ofertadas pelas mulheres gaúchas, num gesto de saudação e acolhimento que, ao mesmo tempo, lembra a cultura local: mulheres aqui usam flores nos cabelos para as danças típicas do Rio Grande.
Website da Assembléia:www.wcc-assembly.info