17.02.06
Kobia convida a Assembléia para " Festa da Vida"
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A expressão a festa da vida foi o centro do relatório apresentado quarta-feira pelo secretário-geral Rev. Dr. Samuel Kobia à Assembléia do Conselho Mundial de Igrejas. "A festa da Vida", disse Kobia aos participantes em uma sessão plenária da Assembléia durante a tarde, é "um convite para estender a mão àqueles que conhecemos e aos que ainda não conhecemos".
Kobia descreveu a Assembléia como uma ocasião para estimular o diálogo entre membros do Conselho, mas também entre igrejas-membro e Católicos Romanos, Pentecostais, Evangélicos e representantes de outras fés.
Para Kobia, um metodista do Quênia que se tornou secretário geral em 2004, essa foi a primeira oportunidade de apresentar um relatório de andamento a uma Assembléia do CMI. As Assembléias têm acontecido a cada seis ou oito anos desde a Primeira Assembléia em Amsterdã, em 1948. Kobia é o sexto secretário-geral nos 58 anos de história do Conselho.
Ele descreveu sua visão de um movimento ecumênico de igrejas e outras organizações cristãs que não está limitado à participação no CMI. Ele falou sobre "a questão da fé e a presença de Cristo no outro'" como sendo a "questão central de nossa época". O secretário geral descreveu sua visão de "um movimento ecumênico baseado em espiritualidade, que leve a sério a formação ecumênica e a juventude, ouse trabalhar pela justiça transformadora, coloque os relacionamentos no centro e corra riscos para desenvolver formas novas e criativas de trabalhar".
O conceito de transformação é central à Assembléia e a sua oração temática, "Deus, em tua graça, transforma o mundo". Kobia falou da transformação da vida espiritual através da oração e da ação comuns, e do estilo de tomada de decisões por consenso, que está substituindo os procedimentos parlamentares nesta Assembléia. Ele alertou, "Precisamos abordar o consenso nesses próximos dez dias não como uma técnica para nos ajudar a tomar decisões, mas como um processo de discernimento espiritual."
Kobia também conclamou os líderes de igrejas a que se comprometam com a educação e a orientação dos jovens. "Os jovens precisam de oportunidades para experimentar a alegria de trabalhar e orar com outros de diferentes tradições e contextos," disse ele, "e precisamos aprender a partir dos modelos dinâmicos e inovadores dos relacionamentos ecumênicos que os jovens podem nos ensinar."
Seu relatório tocou uma série de áreas nas quais as igrejas estão agindo juntas, incluindo as respostas à violência globalizada, à pobreza e à dívida, HIV/AIDS e instabilidade na África. "As mudanças climáticas", continuou Kobia, "talvez sejam a mais grave ameaça enfrentada pela humanidade hoje em dia. Essa não é uma questão para o futuro: as conseqüências graves já estão sendo experimentadas por milhões de pessoas." Ele afirmou que a Assembléia "deve convocar todas as igrejas cristãs para falar ao mundo com uma voz, com relação ao enfrentamento das mudanças climáticas".
O receio e a ansiedade dentro das igrejas deve ser superado, disse Kobia, por meio de uma melhor "qualidade de relacionamentos" entre organismos cristãos e entre as religiões do mundo, estimulando "um testemunho comum". Ele fez um apelo pela "reconfiguração" do movimento ecumênico e das instituições religiosas para que "coloquem os relacionamentos no centro".
Kobia desafiou as igrejas a explorar meios criativos de comunicação e ação, particularmente em áreas de fé e espiritualidade, formação ecumênica, justiça transformativa e na condição de voz moral para o mundo. Como uma possibilidade para reconfiguração criativa, Kobia renovou o convite do CMI à Federação Luterana Mundial e à Aliança Mundial de Igrejas Reformadas, bem como outras comunhões de igrejas do mundo, para que se juntem no planejamento de uma Assembléia comum na próxima década.
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