A transformação ultrapassa as palavras

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O líder máximo da Igreja Anglicana, Arcebispo da Cantuária, no Reino Unido, Rowan Williams falou à imprensa durante a 9a Assembléia do Conselho Mundial de Igrejas destacando que a transformação deve fazer parte da agenda, não só em palavras, mas em ações. Ele vê a Assembléia do CMI como um importante espaço para que as igrejas sejam de fato agentes de transformação.

Rowan Williams falou sobre as alternativas de organização que a Igreja Anglicana está buscando para reaproximar as pessoas e que já envolvem mais de duas mil pessoas em 400 diferentes iniciativas, nos últimos dois anos. Questões simples, como alternar locais e dias das celebrações podem ajudar neste processo. "Precisamos mobilizar os crentes - isto é necessário para cumprirmos nosso trabalho."

O Arcebispo da Cantuária também alertou para os riscos que devem ser evitados na busca da unidade cristã: "dizer que só um lado tem a verdade ou que é preciso olhar tudo sobre a mesma perspectiva. Temos que encontrar um meio termo, não ser envergonhados, nem triunfalistas. Esta é a nova agenda conjunta."

Rowan Williams citou as possíveis contribuições de uma instituição do porte do CMI, que abriga e representa uma grande diversidade de igrejas, ajudando a conquistar o que denominou de "humildade coletiva".

Em uma sociedade tradicionalmente cristã nem sempre é prioridade identificar porque se é cristão e este questionamento é necessário para que a fé cresça nas mentes e nos corações. A educação, segundo o arcebispo, é uma dos caminhos para enfrentar este desafio.

Sobre a interferência dos governos na pauta do diálogo interreligioso, Williams destacou que as igrejas precisam assegurar uma agenda pautada nas bases, especialmente entre cristãos e muçulmanos, ouvindo e respondendo às suas necessidades. "O apoio do governo é importante, mas não é tudo".

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